23 de março de 2008

Lua, lua...lua


Nossa; a lua saiu tão linda
Cheia, grande a enfeitar o céu
Grande...
Tem aros coloridos ao redor
São braços “embraçados”
Mudando
O tato
Tem luz, brilha
Abre o céu com uma veracidade – alaga as nuvens escuras –
Tem azul, tem laranja
Mudou o desenho do ar
Tem vento a bailar
Nas árvores, voam tão leves
Em braços encarnados verdes!
Tem o negro, que da à luz
Mais vida
Ilumina mesmo no cinza
Contorna tão perfeito
Oh, lua
Enfeitiça os largos braços
Que batem tão
Perto do pulso
De ar que alagam
As sombras claras da noite

Marlene - Foto: Marlene Kuhnen
21/03/08

2 comentários:

Anônimo disse...
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Everaldo Ygor disse...

Esse é o reino de Hécate e Lilith, a Lua em seu esplendor, intensa, louca, pode até transformar o Ser e não Ser... Faz brotar os instintos da dança, das energias e até das sombras...
É o seu curso natural, para nós sobrenatural em sua essência ritual... É pássaro, é mensageira do luar, de cartas de papel, de CDs virtuais, é o espelho da grande mãe Gaia. Cantar para a Lua cheia é destino dos poetas, das almas ousadas e angustiadas também... Intuição em forma de poesia, de canto de fumaça louca... Assim ela é, brilhante, clara, hipnótica em sua esfera toda, esfrega toda a poesia em espectros noturnos, banha corpos e mentes distantes, faz-se Lua.
Fez.
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/