11 de março de 2008

Diurnos e Noturnos


O dia me confunde a noite
Não sei se escurece ou amanhece...
Não sei...
Rosa, lilás, azul,
Qual cor revelará as horas?
Qual cor cairá com a luz
Iluminar o dia feito sol?
Rosa, das meninas de saia curta?
Branco, piscando tão longe no céu?
Prata, um rio a dar vida transparente
Asas de borboleta que voam
Nem sei se é sol ou se é lua
Piscam a brincar, um astro ao outro
Confundem meus olhos, de que cor?
De que cor apresento meus olhos?
Pisco a brilhar ...
Nem sei se é dia ou noite

Marlene
18/11/07

Foto: Marlene I. Kuhnen

2 comentários:

Everaldo Ygor disse...

As horas infiéis temporais, o piscar luminoso da dúvida das cores, são elas - ou eles, que povoam a mente, os porões, instigam o instinto da vida. Ao apreciar a foto mais uma vez, procuro os casulos já rompidos... A "foto é bela", do crepusculo dual das cores... Quando compreendemos que a vida mesma, e não a segurança surreal, é a razão de viver. A revelação do dia ou noite, a dicotomia dos dias, das horas, dualidades das emoções remetem ao infinito desejo de objetos ideais. Na confusão o melhor a fazer é juntar os retalhos, os pedaços e gotas de água salgada e permanecer viva. Enquanto lá fora a chuva se forma, de nuvens claras e chumbo também... E o Sol um dia virá. Se claro demais ofuscará os olhos... Ousando como o post do desenho abaixo, "brincando", longe da ventania, dos temporais, são momentos para escapar das horas, e deixar de lembrar que o tempo passou, nos tornou adultos, ficamos embrutecidos e sérios demais...
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

CPM disse...

Maravilhoso poema, expressa sensibilidade e a incerteza constante do tempo. Muito lindo seu blog.

Um abraço do Centro Popular da Mulher de Goiás