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Prata incendiando a luz do cais
Que em noites franzinas escutava
O eco de gritos sangrentos...
Era pelo mar, pelo mar
invadiam calçadas disformes
E mandavam informes, vestidos em seus uniformes sem cor
Em punho, lanças brilhavam ofuscando
A luz que dormia em silêncio a guardar
A sorte dos olhares arregalados e distraídos
Eram corpos espalhados
Eram vampiros que de súbito vinham sugar meu ar,
Acordava em cóleras
A janela - corria a olhar para ver a cor do mar...
Lilás?
nem o fogo brilhava nas ondas
ofuscado
pelo sabor da dor
O parto, estava no início
Gemidos quase imperceptíveis
Latente, batia, batia...
Uma mão pousou em minha janela
Sem dedos seus anéis brilhavam
Para ninguém mais, ninguém
Não havia...
Sorrisos mordidos
Piscavam das bocas
Sem voz
Engolia seca a fumaça
Sem gosto, sem manto
De repente, as calçadas vazias
- e o ar
No sangue daquela espada
Prateava as curvas da água do mar;
Marlene 18/04/08
2 comentários:
amei
é bom chegar e encontrar palavras asim
:)
hoje "pondere" em ir até ao deserto
http://miniminimos.blogspot.com/
beijos
a.
Olá...
Um épico é assim, ao ler, é possível ouvir o som, ver os movimentos, “acordar”... Batalhas e poemas bem intensos... Letras que querem sair, as vezes guerrear, ou transmitir mensagens belas e intensas como essa ai...
O titulo sugere a velha lembrança do ditado antigo, não tencionar demais a corda se não ela arrebenta... Ao viajar para o campo de batalha, retornamos velozmente para nossas janelas, onde pelas frestas sempre observamos o mundo, escrevemos, sentimos e criamos... Ouvimos ecos distantes. Estilos são assim, momentos de criação impulsionados pelo Ar, pelos “interiores” – por caminhos da existência, pelos caminhos do Mar, de piratas, de vampiros, de nós mesmos... Enfim são as Letras De Marlene.
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
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