Preciso de algo,
Não sei, não sei...
talvez o coelho de Alice.....................
...........................................................
ou apenas uma cerveja


Marlene

Fome que come o ar, não respira guardando o último suspiro
Para a sofreguidão...
Frio que humilha corpos des(acalentados)
Aquecendo o bolso de bem poucos
Insistem em nus, jogarem corpos humanos no desumano trono da vida
Como reis calcificados pela desordem que ordena a pequenos
- vestes nobres de tal grife
Orgia de pura seda que pela fresta olham apavorados aos que lhes sustentam
O luxo acumulado de lixo
Com perspicácia dos ídolos messiânicos
Justificando meu frio, minha fome, da redoma salutar de um divino


Tão pobre gravidez apodrecida no ar...

Marlene 16/05/09

Minhas linhas já estão escritas
O ponto não transmutou
pisei em falso ouro pra quê?
Se é todo o grande vazio, VAZIO...

E Cheiro...

Foto: Marlene I.Kuhnen

Compilo folhas transparentes
Meu ser transborda na luz que gira olfativamente neste próprio ser
As rosas redondas na crescente espiral da vida
Germinação, pétalas formando o botão maduro
Em mim e de mim
Sou assim, respiro o botão
De verde que lança espinhos
Em-talo de caule verde-douro
Pequeninos salientes agudos a ti revestem
e brotam rigidamente junto a rosa
da terra que de mim foi recheada...

Marlene I.Kuhnen