8 de janeiro de 2009

Abraço

Foto: Google

Vou abraçar sim
Vou abraçar a todas as árvores do mundo
Vou abraçar o mar e penetrar a todas as criaturas
Marinhas,
seus mitos de bravura e seu esgotamento
Salgado
Darei-me a luz da noite e para a areia do mar
Afogada em praia seca, repleta de conchinhas sem vida
Que agora, enfeitam pescoços de meninas boas
Vou abraçar sim, meus encantos entorpecidos pelas mentiras da verdade
Minhas mágicas linhas mortas
Sagacidade, obviedade e outras vaidades tolas da cegueira
Vou abraçar meu encanto torto de pequenos olhos
Nem choram mais, meu jeito estremecido e envelhecido
Vou abraçar um pequeno canto de pássaro que ousa na janela
Magnitude de carnes expostas,
Meu velho seio ancorado
Vou abraçar a grande criatura em forma de polvo
Vou para o mar; infinita beleza de águas, tanto faz se azul ou verde
(poderá ser cinza também)
Vou abraçar as pequenas ondas bravias de seca tangente
Diáspora do mar
Vida marinha, encontro sereia... viro estrela

Marlene 08/01/09

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