29 de março de 2009

Jasmim dos poetas

Qual flor me tem em cheiro ...
Exalo o odor puro de cristais paradoxos...
Que cheiro te escrever?
São tantas as palavras, que me foge a exata linha sonora
Dessas cordas que tocam há tanto
Secas... velozes, um puro aço que transborda o deserto
De areia tão fina que cegam
Molhadas, os cristais de meus olhos cansados
E tremidos...

Amarelo,

14 de março de 2009

Dia da Poesia(não Tem Título

Foto: Eunice


Comeste um olho primeiro
Veio depois, o frio cintilante a borrar minha sombra
Partida, rachada com cacos pontiagudos na dessincronia
Correta da veste brotando num fio leve de terra
Penugens microscópicas surgem ao longe
No primeiro olho comido!

Marlene 14/11/09

8 de março de 2009

Doideira

Foto: grENDel

Gozo deleites suburbanos da madrugada tragada em gestos insólitos de palavras intraduzíveis em um mundo sem sílabas ou pontos eternos da mística humana Nada são senão simples frases mal traduzidas dos gestos ignóbeis de mim Que sonho sem fim Não uso pontos nem sinais ortográficos corriqueiros na comunicação que jaz a relação "normal" de um ser anormal ou perfeitamente ocioso na sua defesa anti o trabalho valorizado por um grupo estabelecido de besta há séculos na defesa das luzes clareadoras do absolutismo

Preciso pular um quadrado para ver se chego na minha lucidez ótica de um plural abastecido de frases sem nexo com nexo dos dias que são ditos de noite sem lua e avião no céu ou no raso pensamento de uma transformação da idade que não resolveu proveu a dor infinita da adolescente desconexa de um tempo contido no espaço transfigurado de pele e olhos precisos de uma música na qual não comporto/a na cabeça explodida, usei sinal transformei o código de- pressa transformou-se no lerdo toque no teclado Estado obtuso da realeza virtual que me comunico com o mundo de forma silenciosa
Agora foi um espaço entre a linha primeira que pulei no tempo corrido cronologicamente depois de cromos que escorreu na cadeira foi tomada de uma preguiça minimalista
Marlene Kuhnen - Um Dia Desses