19 de maio de 2008

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Foto: Marlene Kuhnen

Envelheci, dormi
Perdi o trilho e o trem anda diferente, veloz
Chorei escondido, enruguei
Plantei flores, morreram
Até o céu pousa diferente...
Suportei, bati a cabeça na ...
Ando com febre, 380
Vejo luzes, nãovejopessoas
Os dentes amarelos
Cabelos pelo chão
Gorduras depositadas no corpo
Os olhos que cegam, cegam
Não me anuncio no dorso do elefante
Voudormir

Marlene 19/05/08

16 de maio de 2008

Fragmentos


Cacos de mim espalhados
............................................Espalhados e inalcançáveis
..........................................................................................Cansáveis
Grito oco, ouvido por dentro
.................................................Olvido
...........................................................Zunido
Barulho que atormenta a mente
.......................................................Mente quem diz
..................................................................................Diálogo
Inacabado eterno estado
..........................................Demência
..........................................................Pula corda e acorda do grito feito raio ..........................................................................................partido
Estardalhaço
......................Aço
............................Brilho fosco da espada empalada na garganta
Percorre o ânus
...........................Interior escatológico da criação
Criatura inacabada ...
.....................................

.....................................

.....................................


Marlene 15/05/08
Foto: Grendel

1 de maio de 2008

A Barca-abarca

Foto: Isaurinha Brissos

Vi a roupa lilás pelo espelho. Estampei um som na voz e regressei do claro sonho de abril.
Era o final, o mês se ia e eu ali, observando os lados, as linhas, cada sol que nascia nas noites que davam lugar ao dia.
Pisei meu caminho novamente, olhei e contemplei o céu, lembrei que era o que me fascinava. Era Outono, pois final de Abril. Tive um pensamento de justiça, logo corrompido pela minha neurose febril, adaptada pelo sistema. Eu, já contaminada desses longos momentos que duram alguns séculos rabiscava algumas palavras, letras negras em longas folhas.
Meu corpo não correspondia ao que sentia, agia, a culpa vinha, exatamente como fora planejado por não sei quem, mas foi. Homens BRAVOS tiveram sonhos, escreveram coisas, contagiou a legião de outros tantos que tinham desejos misturados e ansiavam por dias melhores, dias de sol...dias que pudessem contemplar a lua sem a culpa de fazê-lo Por dar lugar ao ócio, por querer somente ser dono de mente e corpo...
O outono passou e um novo veio -já se anunciando velho, foi o tempo que correu no caminho de lindas lilases pelo espelho. Reflexos dos plexos batiam direto no canto esquerdo de um peito, TUM, , TUM, luzes tão minúsculas ... Apagaram-se na única forma. Energia.
Células mortas, - pendiam no pó...

Marlene –hoje)

Obs. O espírito do som(sol)...,avança para o mar, tá na crista da onda,... espera a onda chegar e ainda brinca na espuma(lindo) – Cássia Eller (não sei se realmente é dela), mas capitu me espera...